Em 2009, a prefeitura de São Bento do Sul/SC, iniciou as tratativas em relação à implantação do Pagamento por Serviço Ambiental (PSA) na sub bacia do Rio Vermelho, onde é captada a água que atende a cidade de cerca de 86 mil habitantes. Em 2010 foi publicada a lei que viabilizava a realização do feito, mas só em 2011 foi possível concretizar o “Programa Produtor de Água do Rio Vermelho”, com a publicação do decreto que regulamentou a lei. O programa também foi inserido no Plano de Manejo da Área de Preservação Ambiental (APA) Rio Vermelho Humboldt. A RMS, empresa de base florestal que atua na região, aderiu ao programa em 2019 e, no fim do ano passado, foi a primeira empresa florestal em Santa Catarina a receber um PSA.

Mais do que o valor financeiro, R$ 6 mil, veio o reconhecimento público pelos serviços ambientais prestados dentro da bacia do Rio Vermelho, que abastece o município no Planalto Norte Catarinense. A empresa faz parte de um grupo de 36 proprietários de terras que, de alguma forma, contribuem para a qualidade da água na região.

“A RMS, proprietária de imóveis e ativos florestais na mesma bacia, pioneira na preservação de áreas protegidas, contribuiu de forma substancial para a implementação do programa, tendo sido a primeira empresa do setor florestal a receber o pagamento destinado aos produtores inscritos no programa”, conta Juliana Kammer, supervisora de Meio Ambiente da empresa. “Fazemos parte do Comitê Gestor do PSA e Comitê Gestor da APA Rio Vermelho. Nos últimos anos, disponibilizamos a propriedade para a demonstração de ações que minimizam impactos ambientais e contribuem para a conservação do solo, rios, além de tratarmos sobre técnicas de recuperação de áreas degradadas”, conclui ela.

O PSA é uma ferramenta que estimula a conservação e preservação dos recursos naturais. O pagamento é uma forma de reconhecimento aos proprietários de terras que prestam serviços ambientais e que garantem a manutenção e melhoria do ecossistema onde estão inseridos. A RMS é uma empresa que faz parte da Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR), entidade que nos últimos anos também trabalhou para que os benefícios trazidos pelas árvores cultivadas fossem reconhecidos. “É o que podemos chamar de “moeda verde”. O recebimento de um PSA por uma associada comprova algo que já sabemos há muito tempo, que o setor de base florestal é extremamente cauteloso e benéfico ao ambiente onde está inserido”, comentou o diretor-executivo da ACR, Mauro Murara Jr.

Escrito por Malinovski